Linguagem, Cognição e Cultura
Código: 53008
Departamento: DH
ECTS: 15
Área científica: Linguística Portuguesa
Total de horas trabalho: 390
Total de horas de contacto: 60

O presente seminário inscreve-se no âmbito das teorias que analisam a relação entre a Linguagem, Cognição e Cultura, perspetivando os fundamentos para o estudo da Língua Portuguesa no paradigma cognitivo e considerando a linguagem-em-uso.

Linguística Cognitiva, Corporização, variação linguística

Espera-se que os estudantes adquiram várias competências e conhecimentos de carácter:

(1) geral:

(i) análise crítica de questões científicas;

(ii) planeamento, organização e controlo de actividades linguísticas e cognitivas individuais e de grupos;

(2) metacognitivo:

(i) gestão de informação específica da área em estudo;

(ii) capacidade de autoavaliação e de diagnóstico de necessidades pessoais;

(iii) capacidade de identificar, mobilizar, articular e aplicar recursos a situações diversas;

(iv) comunicação com rigor e clareza em Português correto, elaborado e de nível académico;

(3) específico:

(i) análise do enquadramento teórico específico da área;

(ii) construção de um corpus linguístico, descrição e discussão dos dados em função dos pressupostos teórico-metodológicos;

(iii) elaboração de uma dissertação final com base na análise dos dados de um pequeno corpus original.

I – Linguagem e Cognição:

(i) O paradigma cognitivo no estudo da linguagem e das línguas - Linguística Cognitiva e Linguística Cultural – fundamentação teórica;

(ii) Teorias de relacionamento entre a Linguagem e a Cognição (a importância da nature e nurture);

(iii) O mito da linguagem como instinto;

II – Linguística, Cognição e Cultura:

(i) Fundamentos para o estudo da Língua Portuguesa no paradigma cognitivo;

(ii) variação linguística e línguas em contacto; (iii) Embodiement (corporização) fisiológica e cultural no estudo do PLM e PLNM;

III – Preparação do projeto individual para o trabalho final do seminário (em função dos interesses individuais de cada discente):

(i) definição do tema a ser trabalhado no enquadramento teórico-metodológico apresentado;

(ii) preparação de um pequeno corpus linguístico original e a respetiva análise;

(iii) elaboração do trabalho final.

Obrigatória

Batoréo, Hanna J. (2004). Linguística Portuguesa: Abordagem Cognitiva (CD-Rom). Lisboa: Universidade Aberta.

Batoréo, Hanna J. (2015). Linguística Cultural e o Estudo do Léxico da Língua Portuguesa (PE e PB). In Simões, Darcília, Osório, Paulo, e Molica, Cecília (Orgs.). Contribuição à Linguística no Brasil: um projecto de vida. Miscelânea em Homenagem a Cláudia Roncarati (pp. 98-143). Rio de Janeiro: Dialogarts.

Batoréo, Hanna J. (Org.) (2022). Linguagem. Cognição. Cultura: teorias, aplicações e diálogos com foco na língua portuguesa (português europeu e português do Brasil), Lisboa: Universidade Aberta, Coleção Ciência e Cultura, n.º 17.

Sharifian, F. (Ed.) (2015). The Routledge Handbook of Language and Culture. (pp. 473-493). Oxford: Routledge.

Silva, Augusto Soares da (2006). O Mundo dos Sentidos em Português: Polissemia, Semântica e Cognição. Coimbra: Almedina.

 

Outra:

Evans, Vyvyan (2014). The Language Myth: Why Language is not an Instinct? Cambridge: Cambridge University Press.

Sharifian, F., e Palmer, G. B. (Eds.) (2007). Applied cultural linguistics: Implications for second language learning and intercultural communication.  Amsterdam/ Philadelphia: John Benjamins.

Sinha, Ch., e López, K. J. de (2004). Language, Culture and the Embodiement of Spatial Cognition. Cognitive Linguistics, 11, 17-41.

E-learning.

A avaliação inclui a realização de trabalhos e a participação regular e pertinente nos diversos fóruns ao longo do semestre.

Seguindo o Modelo Pedagógico da UAb, a metodologia do ensino adotada é a de e-learning na plataforma eletrónica. Segundo este modelo, o regime de avaliação ao nível do 3.º ciclo é o de avaliação contínua, com foco no trabalho original e individual, por meio da realização, ao longo do semestre letivo, de dois trabalhos individuais parciais, escritos em formato digital e de um trabalho final neles alicerçado com peso de, respetivamente, 60% (trabalhos parciais) e 40% (trabalho final). Tendo em conta que se trata da área de Linguística, o momento final de avaliação é constituído por apresentação de um trabalho de campo, original, feito pelo estudante, com base na elaboração de um corpus linguístico levantado em Português (uma análise da linguagem-em-uso), no âmbito em estudo (focando os processos da conceptualização, os mecanismos cognitivos utilizados, as redes de sentido). No trabalho final, dá-se maior importância à coerência e coesão interna da interligação de todas as etapas prévias de carácter teórico, metodológico e de análise prática.