Introdução aos Estudos de Tradução
Código: 51195
Departamento: DH
ECTS: 6
Área científica: Língua e Cultura
Total de horas trabalho: 156
Total de horas de contacto: 15

Esta unidade curricular tem como principal objetivo o conhecimento das correntes teóricas da tradução ao longo da História assim como as principais teorias da tradução. Esta unidade curricular pretende igualmente aprofundar a reflexão sobre o papel sociocultural do tradutor e avaliar a importância das considerações teóricas na prática dos tradutores.

Os estudantes serão confrontados com a metalinguagem da tradução. Desenvolverão parâmetros de reflexão sobre uma grande variedade de textos e situações comunicativas.

No final da unidade curricular, os estudantes deverão ser capazes de:

- ter uma reflexão teórico-prática sobre a tradução como processo e produto;

-   reconhecer o caráter histórico-contextual da tradução;

- problematizar as principais correntes que marcaram a história da teoria da tradução;

- compreender a relação entre língua, cultura, convenção textual e tradução;

- conhecer um conjunto de métodos, técnicas e ferramentas fundamentais.

Tradução; modelos; teorias; reflexão teórico-prática

Esta unidade curricular visa fornecer aos estudantes elementos para uma reflexão crítica fundamentada sobre o conceito de tradução. É apresentado, num primeiro momento, a disciplina de Estudos de Tradução, as influências disciplinares, a terminologia, as correntes e principais debates. Num segundo momento é aprofundada uma reflexão crítica sobre o papel da tradução e dos tradutores ao longo dos tempos, assim como as suas diferentes abordagens. Num terceiro momento é encarada a relação intrínseca entre tradução e cultura, de forma sincrónica e diacrónica e é dado enfoque na importância da tradução no nosso quotidiano. Num quarto momento os termos e conceitos-chave desta disciplina são apresentados e analisados. Finalmente o próprio processo tradutório é também ele objeto de reflexão.

O conteúdo programático desta unidade curricular visa não só estudar os vários escritos teóricos históricos e contemporâneos como também estabelecer uma discussão crítica das teorias e as suas implicações. Considera ainda a natureza do ato de tradução e o estatuto do tradutor assim como analisa questões atuais em estudos de tradução.

Serão abordados os seguintes tópicos:

1. Definição e problematização da tradução

    1.1. Questões fundamentais

    1.2. Natureza e complexidade

2. Abordagem histórico-teórica do papel da tradução e dos tradutores ao longo dos tempos

    2.1. Reflexão sobre a tradução até ao séc. XX

    2.2. Reflexão sobre a tradução nos sécs. XX e XXI

3. A tradução como comunicação intercultural

    3.1. Tradução e Cultura

    3.2. Tradução e Quotidiano

4. Modalidades e processos de tradução

    4.1. Processos de Tradução

    4.2. Termos e conceitos-chave

5. Análise e avaliação da tradução

    5.1. Tipologias textuais

    5.2. Língua e estilo

    5.3. Revisão da tradução

ARROJO, Rosemary (2000). Oficina de Tradução: A teoria na prática. 5ª ed. São Paulo: Ática.

BAKER, Mona, SALDANHA Gabriela (eds) (2009) Routledge Encyclopaedia of Translation Studies. London/New York: Routledge.

BASSNETT, Susan (2003). Estudos de tradução. Trad. V. Figueiredo, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

DESLISLE, J.; WOODSWORTH, J. (ed) (2012) Translators through History. Revised edition. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins

GAMBIER, Yves, VAN DOORSLAER, Luc (eds) (2010-2011-2012) Handbook of translation studies. 3 vols. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins.

MUNDAY, Jeremy (2008). Introducing translation studies. Theories and applications. Second edition. London/New York: Routledge.

PAIS, Carlos Castilho (1997). Teoria Diacrónica da Tradução Portuguesa. Antologia (Séc. XV-XX). Lisboa: Universidade Aberta.

PEETERS Jean (ed.) (2005) On the Relationships between Translation Theory and Translation Practice, Peter Lang.

A plataforma de e-learning Moodle é o ambiente onde decorrem todas as atividades de aprendizagem. Cada unidade temática é precedida de um texto introdutório enquadrando as problemáticas a abordar e contextualizando, não só os recursos pedagógicos disponibilizados, como os textos analisados. O estudo pressupõe a leitura e o processamento crítico dos diversos recursos propostos pelo docente (ensaios, artigos, páginas Web, leitura integral ou parcial de obras). Cada unidade temática conta ainda com um fórum de discussão (supervisionado pelo docente) onde os estudantes podem expressar as suas reflexões, partilhar dificuldades ou dúvidas, ajudando-se assim mutuamente num processo colaborativo de aprendizagem. Tendo em conta a natureza e os objetivos desta unidade curricular, estas atividades privilegiam a correta aplicação de conceitos, uma adequada aplicação de saberes e a análise/comentário comparativos de textos contemporâneos ou de épocas diferentes. O balanço de cada uma das atividades formativas é efetuado num fórum próprio, moderado pelo docente, que ajuda os estudantes a estruturarem os conhecimentos e a consolidar as várias competências definidas.

Os estudantes que optem pela modalidade de avaliação contínua têm ainda de realizar obrigatoriamente, durante o semestre, dois trabalhos em formato digital (e-fólios) que consistem numa aplicação prática (textual ou outra) de temas e problemáticas em estudo. Estas atividades permitem alargar o horizonte de competências e de conhecimentos dos estudantes, ao aprofundarem aspetos dos conteúdos programáticos. O estudante tem acesso, no seu respetivo cartão de aprendizagem (CAP), a um comentário individualizado ao seu trabalho que o ajuda a progredir na sua aprendizagem. A organização e gestão das atividades, bem como os princípios que regrem a avaliação, são definidos no Plano da Unidade Curricular facultado ao estudante no início do semestre letivo.

O regime de avaliação preferencial é o de avaliação contínua, constituída pela realização de 2 e-folios (trabalhos escritos em formato digital), ao longo do semestre letivo, e de um momento final de avaliação e-fólio Global (e-fólioG), a ter lugar no final do semestre, com peso de, respetivamente, 40% e 60% na classificação final. Os estudantes podem, no entanto, em devido tempo, optar um único momento de avaliação, realizando, então uma prova de Avaliação Final (exame) com o peso de 100%.