História do Teatro Português I
Código: 51018
Departamento: DH
ECTS: 6
Área científica: Cultura
Total de horas trabalho: 156
Total de horas de contacto: 15

Nesta unidade curricular será realizada uma abordagem aos principais momentos histórico-literários que marcaram o caminho do teatro português, desde a história da sua origem até ao séc. XVIII.
A diversidade dos textos dramáticos selecionados será apreciada através da análise de algumas obras mais representativas das épocas em causa. Esta seleção de textos, que se abre a uma abordagem hermenêutica, demanda a leitura integral dos mesmos textos.
Assim, contemplar-se-ão os antecedentes que estão na origem de uma tradição dramática portuguesa protagonizada por Gil Vicente, autor em cuja obra, genericamente considerada, marcam presença o medieval e o ‘moderno’, nas peças Auto da Barca do Inferno e Auto da India, seguindo-se-lhes o classicismo formal que assinala a produção dramática de António Ferreira, na tragédia Castro. No âmbito da mundividência barroca, será motivo de estudo O Fidalgo Aprendiz de D. Francisco Manuel de Melo, sendo igualmente convocada a reforma do teatro que a Arcádia Lusitana, no séc. XVIII, pretendeu levar a cabo, sobretudo através de Correia Garção e do seu Teatro Novo.

Teatro português
Séc. XVI
Séc. XVII
Séc. XVIII

O aluno deverá ficar apto a:
- Explicar as principais orientações socioculturais e histórico-literárias que caracterizam os textos dramáticos escolhidos;
- Identificar as características dos momentos estético-literários em que os textos dos diversos autores respetivamente se enquadram;
- Refletir sobre os textos de natureza doutrinária e programática, analisando-os;
- Analisar os textos dramáticos escolhidos, correlacionando-os com outros de natureza teórico-doutrinária;
- Comentar perspetivas críticas veiculadas a propósito dos textos dos diversos autores escolhidos.

Introdução. A especificidade do fenómeno teatral.
Gil Vicente, o rosto da transição. Auto da India (leitura integral). Auto da barca do inferno (leitura integral)
António Ferreira e o humanismo renascentista. Castro (leitura integral)
A dramaturgia portuguesa nos séculos XVII e XVIII. D. Francisco Manuel de Melo, O Fidalgo Aprendiz (leitura de excertos). António José da Silva, Guerras do alecrim e manjerona (leitura de excertos. Correia Garção, Teatro Novo – a ambicionada restauração do teatro português.


BIBLIOGRAFIA GERAL: 
- BARATA, José Oliveira, História do Teatro Português, Lisboa, Universidade Aberta, 1991. Capítulos 1, 2, 3 e 4.
- CRUZ, Duarte Ivo, História do Teatro Português, Lisboa, Verbo, 2001.
- REBELLO, Luiz Francisco, História do Teatro Português, Lisboa, Europa-América, 1968.
- SARAIVA, António José e LOPES, Óscar, História da Literatura Portuguesa (17ª ed.), Porto, Porto editora, 2005.
Nota: Será oportunamente fornecida outra bibliografia (online) a propósito de cada tópico temático em estudo.

Recomenda-se a leitura integral dos seguintes textos dramáticos (disponibilizados online):
- FERREIRA, António, Castro (leitura integral)
- GARÇÃO, P. A. Correia, Teatro Novo (leitura integral)
- MELO, Francisco Manuel de, Auto do Fidalgo Aprendiz (leitura de excertos)
- VICENTE, Gil, Auto da Barca do Inferno (leitura integral)
 ------------------, Farsa chamada Auto da Índia (leitura integral)

E-learning

O regime de avaliação preferencial é o de avaliação contínua, constituída pela realização de 2 e-folios (trabalhos escritos em formato digital), ao longo do semestre letivo, e de um momento final de avaliação e-fólio Global (e-fólioG), a ter lugar no final do semestre, com peso de, respetivamente, 40% e 60% na classificação final. Os estudantes podem, no entanto, em devido tempo, optar um único momento de avaliação, realizando, então uma prova de Avaliação Final (exame) com o peso de 100%.