Olga Maria dos Santos Magano

Pretende-se que os estudantes atinjam as seguintes competências:
• Identificar as características teóricas e práticas subjacentes às metodologias qualitativas;
• Conhecer as principais técnicas de recolha de dados;
• Identificar e escolher os métodos de investigação/intervenção mais adequados aos seus projetos de investigação;
• Tecer comparações entre as várias metodologias, identificando as vantagens e as desvantagens inerentes à utilização de cada uma;
• Identificar o conceito de objeto de estudo e de campo de investigação.
• Analisar a informação recolhida mobilizando a análise de conteúdo;
• Conhecer os programas informáticos disponíveis para a classificação e análise da informação recolhida, os seus limites e potencialidades.
• Selecionar os métodos e as técnicas qualitativos adequados ao seu projeto de pesquisa.
• Desenvolver uma análise crítica sobre a validade do conhecimento produzido à luz das metodologias qualitativas.
 

1. Visão panorâmica – a importância, características e história da investigação qualitativa
2. Perspetivas de Investigação Qualitativa: interacionismo, etnometodologia e perspetivas construtivistas; grounded theory; modelos estruturalistas; modelos participativos; triangulação de perspetivas e de dados.
3. A prática da investigação – a questão da objetividade e da neutralidade; as questões da investigação; a definição de objeto de estudo; a entrada no terreno; estratégias de seleção
dos participantes.
4. Métodos e técnicas qualitativos; técnicas de observação; análise documental, as entrevistas, etnografia; dinâmicas de grupo;
5. Sistematização, tratamento e análise de dados
6. Construção e compreensão do texto: o texto como construção da realidade.
7. Do texto à teoria: Análise e interpretação – a análise de conteúdo e redação do relatório de investigação
8. Reflexão sobre a validade dos resultados da Investigação Qualitativa.

 

BARDIN, L. Análise de conteúdo, Lisboa, Edições 70, 2000.
BURGESS, R.G., A pesquisa de terreno: uma introdução, Oeiras, Celta, 1997.
CABRAL, João Pina, Notas Críticas sobre Observação Participante no contexto da Etnografia Portuguesa in Análise Social, vol XIX (76) pp. 327-339, 1983
CARIA, T. H. (org.) et al. (2002). Experiência Etnográfica em Ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento.
CARMO, Hermano & FERREIRA, M. Metodologia da Investigação. Guia para auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta, 2ª ed., 2008.
LESSARD-HÉBERT, M.; GOYETTE, G. ; BOUTIN, G. Investigação qualitativa, fundamentos e práticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.
GUERRA, I., Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo. Sentidos e formas de uso, São João do Estoril, Principia, 2006.
Kaufmann, J.-C. (1996). L'Entretien Compréhensif. Paris: Éditions Nathan.

MILES, M. & HUBERMAN, A. Qualitative data analysis. An expanded sourcebook. Thousand Oaks/Londres/Nova Deli: Sage Publications,1994.
MUNOZ, J., El método biográfico: El uso de las historias de vida en ciencias sociales Madrid, CIS, 1992.
QUIVY, Raymond & CAMPENHAUDT, Luc Van.  Manual de investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1992.
SANTOS SILVA e Madureira Pinto (orgs.) Metodologia das Ciências Sociais, Porto, Afrontamento, 1987.
 

E-learning

A avaliação tem caráter individual e implica a coexistência de duas modalidades: avaliação contínua (60%) e avaliação final (40%). Essa avaliação será desenvolvida na aplicação de formas diversificadas, definidas no Contrato de Aprendizagem da unidade curricular.