Mediação em Contextos Educativos
Código: 11069
Departamento: DEED
ECTS: 6
Área científica: Ciências da Educação
Total de horas trabalho: 156
Total de horas de contacto: 15

A escola e outros contextos educativos são espaços onde a existência do conflito faz parte do dia-a-dia. O conflito com o outro, consigo mesmo e com a instituição está no centro de toda a relação educativa. Para o aluno/formando, o conflito é o motor da sua evolução, logo que o educador/formador o ajude, sem o substituir, a escolher os pontos de referência, a dominar as suas forças internas e a responsabilizar-se pelos atos que pratica. A mediação, enquadrada num paradigma socioconstrutivista, é considerada não só como o instrumento mais atual e flexível para a solução pacífica de conflitos a nível educativo, como também promotora de uma nova cultura de resolução de conflitos. Esta unidade curricular pretende abordar e contextualizar os conflitos em contextos educativos e apresentar a mediação escolar e mediação entre pares e o seu processo de operacionalização quer a nível meso ou micro.

Conflitos
Mediação
Conselho de Cooperação
Participação

Pretende-se que, no final desta Unidade Curricular, o estudante tenha adquirido as seguintes competências:

  • Compreender os processos de desenvolvimento e aprendizagem de indivíduos e grupos ao longo da vida;
  • Observar e analisar contextos e atividades com dimensões educativas e formativas;
  • Adequar diferentes abordagens da mediação à especificidade de problemas e contextos;
  • Identificar situações de risco e vulnerabilidade que carecem de intervenção do mediador socioeducativo;
  • Mediar situações de risco e de conflito;
  • Integrar o pluralismo e o respeito pela diversidade em práticas profissionais inclusivas;
  • Reportar criticamente os resultados de programas e projetos de mediação;
  • Demonstrar sentido crítico, autocrítico e compromisso ético.

Tema 1: Mediação socioeducativa: aproximação teórica e conceptual.

Tema 2: Contextos Sociais e Culturais da Mediação.

Tema 3: Mediadores e Contextos de Mediação

Tema 4: Mediação de Conflitos

Almeida, V., M. (2010). O Mediador Sócio-Cultural em Contexto Escolar. Contributos para a compreensão da sua função social. Mangualde: Edições Pedago. ISBN 978-972-8980-84-9

Amado, J., & Vieira, C. (2010). Notas sobre a Mediação de Conflitos em Contexto Escolar. ED.UC. Portal de Ensino a Distância, Universidade de Coimbra. (texto disponibilizado online pelos docentes).

Bauman, Z. (2007). Liquid Times: living in a age of uncertainty. Cambridge: Polity Press.

Boqué, M. (2003) Cultura de mediación y cambio social. Ed. Gedisa. España

Correia, J. A. (2003). Da mediação local ao local da mediação, Sociedade & Culturas, 20, pp. 167-191; 

Costa, A. M., & Moreira, M. (Orgs.) (2003). Formação e Mediação Sócio-Educativa. Porto: Areal Editores. ISBN 978-989-647-039-5.

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Costa, M. E. (2003). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Universidade Aberta. ISBN 972-674-369-9 - pág 195 a 290.

Cunha, P.& Monteiro, A.P. (2018). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Pactor. ISBN 978-989-693-084-4

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Faget, J. (2010). Médiations, les ateliers silencieux de la démocratie. Paris: Érès.

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

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Deutsch, M. & Coleman, P. T. (2000). The Handbook of Conflict Resolution – Theory and Practice. San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

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Zapata-Barrero, R., Wilhelm, J., & Llinàs, R. (2010). La mediació ciutadana: una nova política pública. Bases d’implantació. Barcelona: Diputació de Barcelona. Àrea d’Igualtat i Ciutadania.

A unidade curricular estrutura-se numa lógica de trabalho de projeto. A partir da análise de problemas, os estudantes exploram fontes teóricas disponibilizadas pelo docente e pelos próprios e definem vias de intervenção. Individualmente ou em grupo, refletem sobre os processos de mediação e a ação do mediador em contextos educativos.

Baseando-se numa perspetiva de aprendizagem socioconstrutivista, o desenho das metodologias e atividades formativas assenta na colaboração, percursora de um trabalho autónomo aprofundado. A aprendizagem vai progredindo à medida que se incorporam novas problemáticas (novos temas) no projeto. As perspetivas teóricas são enquadradas na análise de casos.

A sala de aula virtual constrói-se no cruzamento de cenários online e ferramentas digitais diversas onde se ensaiam, discutem e definem coletivamente vias de diagnóstico e de intervenção. Ao longo das temáticas em análise são ativadas formas de interação continua entre professor-estudantes e entre estudantes que devolvem também à comunidade o papel de mediadora permanente das aprendizagens realizadas em fóruns, wikis, webconference, email, entre outros.

Pretende-se que a aprendizagem colaborativa, o apoio mútuo, a partilha de experiências, opiniões, dúvidas relacionadas com as temáticas em estudo seja uma dimensão estruturante da metodologia de ensino.

O regime de avaliação preferencial é o de avaliação contínua, constituída pela realização de 2 e-folios (trabalhos escritos em formato digital), ao longo do semestre letivo, e de um momento final de avaliação e-fólio Global (e-fólioG), a ter lugar no final do semestre, com peso de, respetivamente, 40% e 60% na classificação final. Os estudantes podem, no entanto, em devido tempo, optar um único momento de avaliação, realizando, então uma prova de Avaliação Final (exame) com o peso de 100%.