Linguagem e Cultura
A relação entre a Linguagem e Cultura será abordada, no presente seminário, pelo prisma do enquadramento teórico de Linguística Cognitiva. Trata-se de um novo paradigma nos Estudos Linguísticos, entendido como uma abordagem da linguagem, perspectivada como veículo de conhecimento, em conexão com a experiência humana do mundo e a cultura. As unidades e as estruturas da linguagem são estudadas, neste caso, não na sua qualidade de entidades autónomas (como acontece na linguística pós-saussureana, quer estrutural quer generativa), mas como se fossem manifestações de: (i) capacidades cognitivas gerais, (ii) organização conceptual, (iii) princípios de categorização, (iv) mecanismos de processamento e (v) mecanismos de experiências cultural, social e individual.
A presente unidade curricular ocupa-se em estudá-las incidindo, preferencialmente, o seu escopo de trabalho sobre o fenómeno de polissemia por via de metáforas e metonímias conceptuais.
Linguagem e Cultura
Linguística Cognitiva
Polissemia
Metáfora e metonímia conceptuais
Pretende-se que, no final desta unidade curricular, o estudante tenha adquirido as seguintes competências de carácter (1) geral e (2) específico da Área, tendo por base as quatro linhas de força do modelo pedagógico da UAb: centração no estudante, flexibilidade, interacção (oral e escrita) e inclusão digital.
(1) Competências gerais: capacidades de (i) analisar corpora linguísticos (dicionários e extensos corpora disponibilizados electronicamente), assim como gerir informação (selecção, tratamento, análise, difusão e aplicação de conhecimentos, técnicas e atitudes); (ii) auto-avaliar e diagnosticar necessidades pessoais; (iii) identificar, mobilizar, articular e aplicar recursos a situações diversas (p. ex. na análise dos dados, no ensino, na gestão de recursos, na actividade de tradução, etc.), bem como para (iv) comunicar com rigor e clareza (i. e., estimular as capacidades de expressão, reflexão e crítica no âmbito dos temas estudados);
(2) Competências específicas na Área: capacidade de (i) apresentar autonomia a nível de pós-graduação aplicada à resolução de problemas, (ii) efectuar leituras orientadas por questões norteadoras; (iii) participar em discussões temáticas com base em tópicos previamente definidos; (iv) efectuar analises e estudos de caso; (v) realizar autonomamente pesquisas com recursos a fontes de informação que completam a bibliografia sugerida; (vi) elaborar uma reflexão crítica sobre aprendizagens efectuadas ou sobre trabalhos de campo.
•Tendo por área de estudo a Língua Portuguesa, serão destacadas as seguintes vertentes de estudo:
(i)categorização linguística (prototipicidade e, polissemia, modelos cognitivos, metáfora e metonímia conceptuais, imagens mentais);
(ii)a base pragmática ligada à experiência da linguagem-no-uso no meio cultural em que se desenvolve;
(iii)a relação entre a linguagem e pensamento.
•Bibliografia obrigatória:
ABRANTES, Ana Margarida. (2011). Introdução à Semântica Cognitiva. Universidade Católica Editora, Pro_LGP. Licenciatura Em Língua Gestual Portuguesa: 18. ISBN 978-972-54-0329-7.
BATORÉO, Hanna (2004), Linguística Portuguesa: Abordagem Cognitiva, CD-Rom, Lisboa: Universidade Aberta
FERRARI, Lilian (2011). Introdução à Linguística Cognitiva. São Paulo: Editora Contexto. ISNN 978-85-7244-657-0.
SILVA, Augusto Soares da (2006) O Mundo dos Sentidos em Português: Polissemia, Semântica e Cognição, Coimbra: Almedina.
•Bibliografia de consulta:
FARIA, Isabel Hub (1999) “Expressões idiomáticas, metáforas, emoções, sentidos figurados e sujeitos experienciadores” in : Isabel Hub Faria (org.) Lindley Cintra: Homenagem ao Homem, ao Mestre e ao Cidadão, Lisboa: Edições Cosmos, 377-402.
SILVA, Augusto Soares da (org.) (2001) Linguagem e Cognição: A perspectiva da Linguística Cognitiva, Braga: Associação Portuguesa da Linguística e Universidade Católica Portuguesa.
SILVA, Augusto Soares da et al. (org.) (2010) Comunicação, Cognição e Media, 2 vols., Braga: Publicações da Faculdade de Filosofia, Universidade Católica Portuguesa de Braga, Braga, Vol. 2, 47-62. ISBN: 978-972-697-194-8.
E-learning (completamente online).
A avaliação tem caráter individual e implica a coexistência de duas modalidades: avaliação contínua (60%) e avaliação final (40%). Essa avaliação será desenvolvida na aplicação de formas diversificadas, definidas no Contrato de Aprendizagem da unidade curricular.
É obrigatório o recurso a um computador com ligação de banda larga à Internet.