História dos Portugueses nos Espaços Extra – Europeus (séc.XVII – XIX)
Código: 31375
Departamento: DCSG
ECTS: 6
Área científica: História
Total de horas trabalho:
Total de horas de contacto: 15

Ao longo desta unidade curricular analisar-se-ão as conjunturas do império português, desde o séc. XVII ao XIX, mapeando as suas evoluções, partindo do contexto da monarquia dual ao último quartel do séc. XIX. A par desta análise explicitar-se-ão os contextos de crise e sobrevivência imperial, tendo em atenção os equilíbrios (in)estáveis das relações coloniais, caracterizando  os padrões coloniais  que foram construídos num conjuntura de longa duração.  Serão igualmente visadas as diferentes interações “globais”, atendendo-se às diferentes disputas imperiais que se desenharam nos séculos analisados. Por último, interpretar-se-ão os diferentes contactos culturais que se foram estabelecendo. Tal será conseguido através de estudos de caso que expressem as interações culturais estabelecidas por Portugal  no espaço extra-europeu.

Colonialismo; Imperialismo; História Global

Tendo como núcleo temporal os séculos XVII –XIX,  visa-se que os estudantes ao longo desta UC:

- Compreendam a evolução da presença portuguesa nos  espaços africano, americano e asiático;

- Caracterizem possíveis padrões de colonização numa longa duração;

- Confrontem as tendências interpretativas dos ciclos do império português e de outros impérios, nomeadamente europeus;

- Expliquem os ciclos imperiais, tendo em atenção centros e periferias, desde a sobrevivência nos vários espaços asiáticos, ao “império vacilante” nos espaços africanos, passando pela consolidação imperial no espaço americano;

- Analisem a evolução dos contactos culturais plurais estabelecidos pelos portugueses nas múltiplas teias imperiais;

- Problematizem as questões emblemáticas que se colocaram a Portugal no desenvolvimento das várias dinâmicas imperiais

Tocam-se 4 tópicos:

No 1º “ Das conjunturas do império português desde o séc. XVII ao XIX”, mapeiam-se  as suas  evoluções, partindo do contexto da monarquia dual ao último quartel do séc.XIX. No 2º “Da crise e sobrevivência imperial aos equilíbrios (in)estáveis das relações coloniais “caraterizam-se padrões coloniais numa longa duração. No 3º “Interações “globais”: diferentes disputas imperiais”, atende-se a vectores interpretativos dos ciclos imperiais, sinalizam-se centros e periferias, percorre-se a sobrevivência imperial nos espaços asiáticos, a consolidação de um império no espaço americano, o “império vacilante” nos espaços africanos. No 4º “Dos contactos culturais plurais: interacções, representações e permanências” atende-se à transmissão e contaminação de saberes, às imagens construídas das  dinâmicas imperiais e às permanências culturais, através de estudos de caso que expressem as interações culturais estabelecidas  em e por  Portugal e no espaço extra-europeu.

Bibliografia de consulta obrigatória:

Avelar, A.P. (2022) Veredas da Modernidade…, Lisboa, Colibri.

Avelar, A.P. (2017) “Da tradução cultural e das suas "faces orientalistas", no discurso historiográfico em Portugal ( séculos XVI- XIX) reflexões em torno de um objeto” in Catarina Almeida e Marta Pinto, Oriente em tradução, Línguas, Literaturas e Culturas Asiáticas no Espaço Lusófono. Lisboa, Edições Húmus.

Bethencourt, F., Curto, D.R. dir.(2010)A Expansão Marítima Portuguesa, 1400-1800. Lisboa: Edições 70.

Bethencourt, F., Chaudhuri, K.dir. (1988)História da Expansão Portuguesa, 5vols.Lisboa: Temas e Debates.

Oliveira e Costa, J. P., Rodrigues, D., Oliveira, P. A., História da Expansão e do Império Português. Lisboa: Círculo dos Leitores.

Russell-Wood, A.J.R.(2016) O Império Português 1415-1808 . O Mundo em Movimento. Lisboa: Clube do Leitor

E-Learning

O regime de avaliação preferencial é o de avaliação contínua, constituída pela realização de 2 e-folios (trabalhos escritos em formato digital), ao longo do semestre letivo, e de um momento final de avaliação e-fólio Global (e-fólioG), a ter lugar no final do semestre, com peso de, respetivamente, 40% e 60% na classificação final. Os estudantes podem, no entanto, em devido tempo, optar um único momento de avaliação, realizando, então uma prova de Avaliação Final (exame) com o peso de 100%.