Esta UC visa fornecer uma panorâmica da evolução da leitura e da edição na época contemporânea, nas suas relações com poder e saber, cultura e tecnologia, indivíduo e sociedade. Foca o contributo da História da leitura e do livro para o conhecimento histórico e para uma cidadania reflexiva e participativa, expondo os seus objectos de estudo, métodos e fontes principais. Aborda o património da edição enquanto legado relevante que importa salvaguardar. Explana as grandes mutações culturais, sociais e tecnológicas ocorridas na cultura escrita, que condiciona(ra)m a nossa relação com os textos escritos, no quadro ocidental, e, em especial, no lusófono. Por fim, traça os principais impactos da transição para o digital.
História da leitura; História do livro; Património da edição; Paradigma digital
Serão 5 os tópicos desenvolvidos nesta unidade curricular:
1. História da leitura e do livro: âmbito, métodos e fontes;
2. Património e memória do livro e da edição;
3. Livro e leitura no mundo contemporâneo: entre capitalismo e democratização;
4. Livro e leitura no mundo lusófono;
5. O novo mundo do digital.
*BELO, André (2002), “O que é a História do livro e da leitura” e “Conclusão”, in História & livro e leitura, Belo Horizonte, Autêntica, respectivamente p. 37-70 e 101-5.
*DARNTON, Robert (1990), “O que é a história do livro?”, O beijo de Lamourette, S. Paulo, Companhia das Letras, p. 65-77.
*MELO, Daniel (2012), “O património da edição contemporânea portuguesa: estado da questão”, Cultura, 2.ª s., vol. 30, p. 173-90. *MEDEIROS, Nuno, MELO, Daniel (2013), “Dossiê os livreiros e o seu património”, Cultura, 2.ª s., vol. 32, p. 319-39.
*CHARTIER, Roger (1999), “As revoluções da leitura no Ocidente”, in Márcia Abreu (org.), Leitura, História e História da leitura, Campinas e S. Paulo, Mercado de letras e FAPESP, p. 19-31.
*CAVALLO, Guglielmo, CHARTIER, Roger (dir.; 1999), História da leitura no mundo ocidental, S. Paulo, Ática, vol. 2.
*LABARRE, Albert (2005), “O livro moderno”, in História do livro, Lisboa, Livros Horizonte, p. 86-96.
*LYONS, Martyns (1999), “Os novos leitores no século XIX: mulheres, crianças, operários”, in Guglielmo Cavallo & Roger Chartier (dir.), História da leitura no mundo ocidental, S. Paulo, Ática, vol. 2, p. 165-202.
*MOLLIER, Jean-Yves (2008), A leitura e seu público no mundo contemporâneo, Belo Horizonte, Autêntica Editora.
*RIBEIRO, Maria Manuela Tavares (1999), “Livros e leituras no século XIX’, Revista de História das Ideias, vol. 20, p. 187-227.
*MELO, Daniel (2004), “Conclusão”, A leitura pública no Portugal contemporâneo (1926-1987), Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, p. 345-54.
*CHARTIER, Roger (1997), “A mensagem escrita e suas recepções. Do códex ao écran”, A ordem dos livros, Lisboa, Vega, p. 131-55.
*FURTADO, José Afonso (2007), “Introdução”, O papel e o pixel: do impresso ao digital, Lisboa, Ariadne, p. 9-19.
*MELO, Daniel (2021), “The eudaimonia of the book in question: archaeology of contemporary forms of reading”, in André Barata e José Manuel Santos (org.), Formas de vida/ forms of life/ forme de vie, Covilhã, Editora Praxis (UBI), p. 235-273. Nb : v.o. em port.
E-learnig
• A unidade curricular ancora-se no estudo, compreensão e reflexão individual e no trabalho colaborativo.
• A avaliação final pondera a avaliação contínua e somativa final.
• Nas instruções de cada actividade especificam-se os objectivos e procedimentos para debates e trabalhos individuais, avalia-se o domínio dos conceitos, a problematização e estruturação crítica e inovadora dos tópicos, a capacidade de síntese.
• Os trabalhos individuais são fichas de leitura, comentários, recensões, plano do trabalho de investigação individual final, relatórios de investigação.
• Em fóruns, visando o trabalho colaborativo, o estudante interage com os colegas e o professor, debate leituras, constrói sínteses, esclarece dúvidas. Avalia-se a identificação dos aspectos principais e acessórios, a problematização e relevância da argumentação.
• No final desenvolve-se o trabalho individual de investigação final, avaliando-se a análise e enquadramento do tema, a utilização apropriada dos conceitos, a fundamentação teórica, a investigação, reflexão e problematização crítica.
Os estudantes têm de ter acesso a um computador com ligação à Internet, ter um endereço de correio eletrónico e, desejavelmente, possuir literacia informática na perspetiva do utilizador. Esta unidade curricular é lecionada em língua portuguesa.