Nesta unidade curricular procura-se, em primeiro lugar, situar o conceito juvenil, analisando a suas evolução numa perspetiva histórica e sociológica, e relação com conceitos afins. Analisa-se ainda a noção de transição para a idade adulta, problematizando os limites da juventude e a sua conceção meramente etária. Seguidamente, trata-se um conjunto de problemáticas que, atualmente e nas sociedades ocidentais, particularmente a europeia e a nacional, mais afetam as populações jovens, com destaque para o emprego, educação e formação, a mobilidade, e a participação cívica. Por fim, analisam-se orientações e políticas juvenis promovidas aos níveis europeu e nacional.
Juventude
Problemáticas
Políticas
Pretende-se que, no final desta Unidade Curricular, o estudante tenha adquirido as seguintes competências:
1. Agregar, analisar e interpretar informações sobre questões educativas e sociais pertinentes à juventude;
2. Dominar linguagens especializadas relacionadas com a juventude;
3. Demonstrar sentido crítico e compromisso ético;
4. Compreender e concetualizar fenómenos relacionados com a juventude;
5. Compreender os processos de desenvolvimento e aprendizagem de indivíduos e grupos na fase juvenil;
6. Conhecer e avaliar políticas, instituições, sistemas e organismos educativos relevantes para a intervenção educativa junto de jovens;
7. Adequar a intervenção educativa e formativa a diversos contextos, problemáticas e populações-alvo.
Tema 1: Conceito Juvenil, referentes e abrangência. Neste tema, partindo de conceitos oriundos da sociologia e da psicologia, analisa-se o conceito de juventude e os seus limites, evitando uma visão essencialista, bem como as perspetivas sobre a transição para a vida adulta e os desafios que essa transição representa nas sociedades ocidentais atuais, pautadas pelo alargamento da fase juvenil.
Tema 2: Grandes problemáticas.
Aborda-se algumas das problemáticas que afetam a juventude nas sociedades atuais, e que têm sido alvo de preocupação por parte de instâncias europeias e nacionais, como sejam o emprego, a mobilidade, a participação cívica e diversos riscos específicos deste grupo populacional.
Tema 3: Políticas juvenis e intervenção
Analisa-se e problematiza-se as políticas juvenis ao nível europeu e nacional, salientando as respostas existentes às problemáticas antes analisadas. Questiona-se o papel da intervenção educativa e formativa na resposta às necessidades e prioridades elencadas.
Baltazar, M. S., Ramos, I. J., Rego, C., Dionísio, A. & Lucas, M. R. (2017). Jovens, Migrações e desenvolvimento regional. In. G. P. N. Rocha, R. Lalanda Gonçalves & P. D. Medeiros (Orgs.). Juventudes: Pensar e agir (347-378). V. N. Famalicão: Húmus.
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Resolução do Conselho de Ministros n.º 114-A/2018 - Plano Nacional para a Juventude
E-learning
O regime de avaliação preferencial é o de avaliação contínua, constituída pela realização de 2 e-folios (trabalhos escritos em formato digital), ao longo do semestre letivo, e de um momento final de avaliação e-fólio Global (e-fólioG), a ter lugar no final do semestre, com peso de, respetivamente, 40% e 60% na classificação final. Os estudantes podem, no entanto, em devido tempo, optar um único momento de avaliação, realizando, então uma prova de Avaliação Final (exame) com o peso de 100%.
Filipa.Seabra@uab.pt